sábado, 23 de maio de 2009

TCC... algumas reflexões...

Finalmente, os acadêmicos que iniciaram o novo currículo do curso de Pedagogia chegaram ao quarto e último ano. Entre as diversas transformações que essa primeira turma tem vivenciado na condição de sujeitos diretamente envolvidos no processo de mudança, não têm sido poucas as dificuldades.

Fechando o conjunto de inovações, o novo currículo determina a realização de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o que tem gerado muitas angústias não apenas entre os formandos, mas também entre acadêmicos dos terceiros, segundos e, acreditem, até entre os calouros há uma preocupação exacerbada com o “tal TCC”.

Nesse contexto de incertezas, desinformações e angústias (que consideramos normais, visto que toda novidade tende a incomodar de alguma forma) surgem comentários o tanto quanto “ingênuos” com relação ao TCC. Alguns, se dizendo (e se achando) sujeitos “críticos”, investem contra a iniciativa alegando que seus “direitos de decisão” devem ser respeitados. Pois é...

Diante dessa situação, propomos a seguinte reflexão: o TCC foi inserido no currículo com qual objetivo?

Sabemos que realizar um projeto de pesquisa e ainda receber uma bolsa por isso (como é o caso do PIBIC) sempre foi um privilégio para poucos (talvez seria oportuno, mas nesse momento optamos por não discutir os critérios dessa seleção). Por outro lado, a realização de um Projeto de Iniciação Científica (PIC) não é uma alternativa viável a muitos acadêmicos que, em virtude de outras ocupações, mal conseguem dar conta das atividades obrigatórias do curso. Estes, ao passarem pelo curso sem ter desenvolvido pesquisas acadêmicas e, mais do que isso, ter formado relações com pesquisadores, com grupos de pesquisas e ter conhecido alguns mecanismos (ocultos) do funcionamento de processos seletivos, terão enormes dificuldades caso desejam enveredar pelos rumos da academia.

Nesse sentido, vislumbramos o TCC como uma experiência complementar para alguns (esperamos que tenham percebido quando chamamos a atenção para formação de uma certa “elite intelectual”), e uma experiência essencial à maioria que, por diversos motivos, não consegue desenvolver pesquisa ao longo do curso de graduação.

Então, antes de reclamar pelos pequenos problemas, que como foi dito acima, são normais em virtude das circunstâncias, sugerimos que, primeiramente, se valorize as conquistas (muitas poderiam ser mencionadas, mas só a garantia de orientação dos excelentes professores que temos na UEM já basta para o momento).

Isso considerado, as discussões daqui para frente devem seguir uma lógica no sentido de melhor ajustar o TCC ao currículo do curso. Sabemos que as dificuldades são enormes, visto que a reserva de um espaço para a realização da atividade exigiria readequações nada tranquilas. Isso não significa que tais readequações sejam impossíveis.

Gilmar Alves Montagnoli


3 comentários:

  1. Concordo com você Gilmar, o TCC, por mais que nao seja vista por todos da mesma maneira é uma conquista academica, para que bons professores possam avaliar e ouvir nossa opnão e pesquisa realizada, nao devemos abrir mão disto!

    abraços! Ariele

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  2. Rá! Gilmar, adorei a charge. Senti-me a própria professora! Parabéns pelo texto. Sim, o tcc deve ser visto como uma conquista e, por isso mesmo, deve ser alvo de reflexões e ações constantes para sua melhora.
    Parabéns ao CA pelo blog.

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  3. Obrigado professora Valéria.
    Você é bem-vinda por aqui. Seus comentários com certeza irão contribuir com discussões muito ricas...

    Mais uma vez, obrigado, e volte sempre!

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